Esta evolução esteve
associada sobretudo ao aumento dos impostos diretos (11,1%), refletindo um
crescimento de 9,2% do imposto sobre o rendimento de pessoas singulares (IRS) e
de 13,5% do imposto sobre o rendimento de pessoas coletivas
(IRC).
Os impostos indiretos registaram um crescimento mais
moderado (1,1%), traduzindo os efeitos conjugados do aumento da receita com o
imposto sobre o valor acrescentado (IVA), o imposto sobre o tabaco e o imposto
municipal sobre imóveis (IMI) (aumentos, respetivamente, de 5,3%, 8,3% e 8,9%) e
da redução de receita com o imposto sobre produtos petrolíferos (ISP), o imposto
do selo, o imposto sobre veículos (ISV) e o imposto municipal sobre transmissões
onerosas sobre imóveis (IMT) (-7,3%, -13.4%, -22,6% e -23,2%,
respetivamente).
As contribuições sociais efetivas aumentaram 2,5%
devido, sobretudo, à evolução das contribuições dos trabalhadores independentes,
à integração no Regime Geral da Segurança Social dos trabalhadores do setor
bancário e às ações desenvolvidas no âmbito dos processos de recuperação da
dívida.
De acordo com a informação disponível, em 2010
Portugal apresentava uma carga fiscal significativamente inferior à média da
União Europeia (31,5% e 38,5%, respetivamente).
Divulga-se ainda a estimativa, obtida no âmbito das contas nacionais, para o GAP do IVA. No quinquénio 2006-2010, o GAP médio anual de IVA foi 1.752 milhões de euros, representando 11,4% do IVA cobrado. Em 2009 observou-se o valor mais elevado neste período (18,7%), em contraste com o valor mínimo registado em 2007 (7,9%)
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